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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Comunicação sincera ou sinceridade na comunicação, como preferirem.

A sinceridade deve estar sempre ao nosso lado, na nossa pele, no movimento do nosso pensamento e, principalmente, na nossa imagem, quando nos damos o direito de nos observarmos detidamente num espelho.

Não é fácil ser sincero. Muitos nunca pensaram nisso, tanto que consideram a sinceridade como um sinal de ingenuidade, de inexperiência, considerando esse atributo essencial e especial comum e próprio da infância.

Numa coletividade, qualquer que seja sua natureza ou sua finalidade, a responsabilidade de cada integrante aumenta à medida em que se tem o dever de ser sincero com o grupo, sob pena de alijamento natural e fatal. E isso nos parece muito claro, visto que o mascaramento de atos e intenções sempre acaba num falso estado de coisas que, consequentemente, trará resultados inócuos, ocos, sem substância, sem efeito.

A comunicação bem preparada, bem dirigida, consubstanciada por fundamentos e argumentações advindas de uma análise criteriosa da situação exposta, facilita o comportamento do interlocutor, fazendo com que a sua primeira impressão do fato, quem sabe a mais importante, seja objetivamente correta, a ponto de lhe propiciar os subsídios necessários à análise mais aprofundada que naturalmente acontecerá subsequentemente.

Nada mais harmônico do que comunicação sincera ou sinceridade na comunicação, como preferirem.

É mais importante recebermos um “não” seguido de uma justificativa objetiva, sincera e razoável, respeitando princípios éticos e morais - pilares de qualquer reunião social – do que recebermos um “sim” eivado de simulação que, por não ter nenhuma sustentação, termina por transformar-se rapidamente numa afirmação de efeitos altamente nocivos e negativos.

Não se trata de erudição ao falar ou escrever ou mesmo a desnecessária utilização de jargões, das mais diversas espécies, modismos e estrangeirismos. A medida da comunicação eficiente se faz por meio da simplicidade objetiva e da articulação sistemática das idéias a serem transmitidas. A comunicação enfeitada, difícil, poluída, não transmite a idéia, gera dúvida, e a dúvida, gera o caos.

Some poucas palavras ou gestos, com uma porção ideal de sinceridade e, certamente, você estará praticando a melhor comunicação possível, uma comunicação que chega ao seu destino íntegra e eficaz, capaz de transmitir não só dados, informações ou conhecimento, mas, principalmente, sentimento, artigo de luxo nos dias de hoje.

Façamos isso todos os dias. Se cada um de nós conseguisse transmitir pelo menos uma mensagem sincera de otimismo por dia, se conseguíssemos ensinar como se vê o mundo pelo lado positivo, em primeiro lugar, deixando o lado negativo para que possamos aprimorar os nossos mecanismos naturais de seleção, seríamos uma raça mais respeitada, até por nós mesmos.

Silvio Helder Lencioni Senne

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